Durante alguns anos, o tintim me intrigou. Tintim por tintim: o que queria dizer aquilo? Imaginei que fosse alguma misteriosa medida de outros tempos que sobrevivera ao sistema métrico, como a braça, a légua, etc. Outro mistério era o triz. Qual a exata definição de um triz? É uma subdivisão de tempo ou de espaço. As coisas deixam de acontecer por um triz, por uma fração de segundo ou de milímetro. Mas que fração? O triz talvez correspondesse a meio tintim, ou o tintim a um décimo de triz. Tanto o tintim quanto o triz pertenceriam ao obscuro mundo das microcoisas. Há quem diga que não existe uma fração mínima de matéria, que tudo pode ser dividido e subdividido. Assim como existe o infinito para fora - isto e, o espaço sem fim, depois que o Universo acaba - existiria o infinito para dentro. A menor fração da menor partícula do último átomo ainda seria formada por dois trizes, e cada triz por dois tintins, e cada tintim por dois trizes, e assim por diante, até a loucura. Descobri, finalmente, o que significa tintim. É verdade que, se tivesse me dado o trabalho de olhar no dicionário mais cedo, minha ignorância não teria durado tanto. Mas o óbvio, às vezes, e a última coisa que nos ocorre. Está no Aurelião. Tintim, vocábulo onomatopaico que evoca o tinido das moedas. Originalmente, portanto, "tintim por tintim" indicava um pagamento feito minuciosamente, moeda por moeda. Isso no tempo em que as moedas, no Brasil, tiniam, ao contrário de hoje, quando são feitas de papelão e se chocam sem ruído. Numa investigação feita hoje da corrupção no país tintim por tintim ficaríamos tinindo sem parar e chegaríamos a uma nova concepção de infinito.
Tintim por tintim. A menina muito dada namoraria sim-sim por sim-sim. O gordo incontrolável progrediria pela vida quindim por quindim. O telespectador habitual viveria plim-plim por plim-plim. E você e eu vamos ganhando nosso salário tin por tin (olha aí, a inflação já levou dois rins). Resolvido o mistério do tintim, que não é uma subdivisão nem de tempo nem de espaço nem de matéria, resta o triz. O Aurelião não nos ajuda. "Triz", diz ele, significa por pouco. Sim, mas que pouco? Queremos algarismos, vírgulas, zeros, definições para "triz". Substantivo feminino. Popular. "Icterícia." Triz quer dizer icterícia. Ou teremos que mudar todas as nossas teorias sobre o Universo ou teremos que mudar de assunto. Acho melhor mudar de assunto. O Universo já tem problemas demais.
Luis Fernando Veríssimo
Esse é um blog dirigido a você que gosta de escrever e colocar seus sentimentos no papel... Essa area é destinada exclusivamente para as poesias, poemas, contos e crônicas dos usuários em geral! Fique à vontade e libere seus sentimentos! ;D
Quem sou eu
- Insuperáveis
- Por que insuperáveis? Insuperáveis por não desistir, insuperáveis por ir até o fim, por tentar sem arrependimento, por apenas se divertir ao escrever...insuperáveis por querer não apenas ganhar um desafio, mas participar com muita garra e dar o melhor de si. São quatro pessoas, com expectativas, pensamentos e sentimentos diferentes, mas um só blog e o resultado você pode conferir aqui! Divirta-se e comente! Críticas são também bem-vindas!
domingo, 20 de junho de 2010
Da Timidez
Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.
Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre que-bram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando "Não me olhem! Não me olhem!" só para chamar a atenção.
O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são urna multidão. Quando não consegrie escapar e se vê diante de uma platéia, o tímido não pensa nos membros da platéia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a platéia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó.
Luiz Fernando Veríssimo
Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre que-bram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando "Não me olhem! Não me olhem!" só para chamar a atenção.
O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são urna multidão. Quando não consegrie escapar e se vê diante de uma platéia, o tímido não pensa nos membros da platéia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a platéia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó.
Luiz Fernando Veríssimo
Defenestração
Certas palavras tem o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias com todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra.
Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.
- Os hermeneutas estão chegando!
- Ih, agora que ninguém vai entender mais nada…
Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
- Alo…
- O que é que você quer dizer com isso?
Traquinagem deveria ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo deveria ser barulho que um corpo faz ao cair na água.
Mas, nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar deveria ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deveriam sussurrar ao ouvido de mulheres:
- Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas, algumas… Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerram os documentos formais? “Nesses termos , pede defenestração..” Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em?
-Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada era a palavra exata.
Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “Defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.
Ato de atirar alguém ou algo pela janela!
Acabou a minha ignorância, mas não minha fascinação. Um ato como esse só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada a baixo. Por que então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo.
- Lês defenestrations. Devem ser proibidas.
- Sim, monsieur le Ministre.
- São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
- Sim, monsieur lê Mnistre.
-Com prédios de três, quatro andares, ainda era possível. Até divertido. Mas, daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.
Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.
- É essa estranha vontade de jogar alguém ou algo pela janela, doutor…
- Humm, O Impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando se da janela.
Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.
Na lua-de-mel, numa suíte matrimonial no 17º andar.
-Querida…
- Mmmm?
-Há uma coisa que preciso lhe dizer…
-Fala amor.
-Sou um defenestrador.
E a noiva, na inocência, caminha para a cama:
- Estou pronta pra experimentar tudo com você. Tudo!
Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:
- Fui defenestrado…
Alguém comenta:
- Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela.
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassa-lo e defenestrar essa crônica. Se ela sair é porque resisti.
Luis Fernando Veríssimo
Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.
- Os hermeneutas estão chegando!
- Ih, agora que ninguém vai entender mais nada…
Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
- Alo…
- O que é que você quer dizer com isso?
Traquinagem deveria ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo deveria ser barulho que um corpo faz ao cair na água.
Mas, nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar deveria ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deveriam sussurrar ao ouvido de mulheres:
- Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas, algumas… Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerram os documentos formais? “Nesses termos , pede defenestração..” Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em?
-Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada era a palavra exata.
Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “Defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.
Ato de atirar alguém ou algo pela janela!
Acabou a minha ignorância, mas não minha fascinação. Um ato como esse só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada a baixo. Por que então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo.
- Lês defenestrations. Devem ser proibidas.
- Sim, monsieur le Ministre.
- São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
- Sim, monsieur lê Mnistre.
-Com prédios de três, quatro andares, ainda era possível. Até divertido. Mas, daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.
Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.
- É essa estranha vontade de jogar alguém ou algo pela janela, doutor…
- Humm, O Impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando se da janela.
Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.
Na lua-de-mel, numa suíte matrimonial no 17º andar.
-Querida…
- Mmmm?
-Há uma coisa que preciso lhe dizer…
-Fala amor.
-Sou um defenestrador.
E a noiva, na inocência, caminha para a cama:
- Estou pronta pra experimentar tudo com você. Tudo!
Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:
- Fui defenestrado…
Alguém comenta:
- Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela.
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassa-lo e defenestrar essa crônica. Se ela sair é porque resisti.
Luis Fernando Veríssimo
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Matar para quê?
Matar por amor
Quem o fará?
Matar por quê?
Será que é por prazer?
Talvez seja por vingança
Ou por desconfiança
Será uma herança?
Quem o faz, que esperança tem?
O que estará pensando
para matar alguém inocente
será condecentente
Ou falta de "escolha"?
Não sei a opinião popular
Mas a minha eu vou dar
E isso irei dizer:
Matar para quê?
Felicidade
O que é felicidade?
Dependendo de quem vê
Poderá ser realidade
Se você nela crer
Se todos tem felicidade
Isso eu não sei
Nem mesmo sei a verdade
Mas se alguém fosse feliz algum dia
[ eu acreditaria
(...)
Quando eu souber
Eu mostrarei a todos
que tem a esperaça de viver
Para sempre felizes.
Alana Guimarães
Carta para a folha
Cuide da Coragem
(...)
Não ligue para a opinião dos outros
Não se procupe com o passado
Não se preocupe com o futuro.
(...)
Não pense no fracasso exceto se for
[ culpa sua
Não se preocupe com os prazeres
Coisas para pensar:
Qual é o meu objetivo verdadeiro?
(...)
F.Scoot Fitzgerald
(...)
Não ligue para a opinião dos outros
Não se procupe com o passado
Não se preocupe com o futuro.
(...)
Não pense no fracasso exceto se for
[ culpa sua
Não se preocupe com os prazeres
Coisas para pensar:
Qual é o meu objetivo verdadeiro?
(...)
F.Scoot Fitzgerald
Poema à mãe
No mais fundo de ti
eu sei que traí, mãe.
Tudo porque já não sou
o menino adormecido
no fundo dos teus olhos
(...)
Por isso, às vezes as palavras que te digo
são duras,mãe,
e o nosso amor infeliz.
(...)
Não me esqueci de nada, mãe
Guardo tua voz dentro de mim.
Eugénio de Andrade - Poeta português
eu sei que traí, mãe.
Tudo porque já não sou
o menino adormecido
no fundo dos teus olhos
(...)
Por isso, às vezes as palavras que te digo
são duras,mãe,
e o nosso amor infeliz.
(...)
Não me esqueci de nada, mãe
Guardo tua voz dentro de mim.
Eugénio de Andrade - Poeta português
A vitrine
(...)
A cidade está à venda:
Móveis, imóveis, amor,
o futuro sem entrada,
a esperança sem fiador.
(...)
Amor?
Receios, desejos,
promessas de paraísos,
(...)
Depois...
e depois, amada?
(...)
Depois..nada
Menotti del Picchia
A cidade está à venda:
Móveis, imóveis, amor,
o futuro sem entrada,
a esperança sem fiador.
(...)
Amor?
Receios, desejos,
promessas de paraísos,
(...)
Depois...
e depois, amada?
(...)
Depois..nada
Menotti del Picchia
terça-feira, 8 de junho de 2010
Aquele amor
Por mais que te ame,vou te deixar
Sei que contigo jamais poderei ficar,
Seu coração é de outra eu sei.
Mas lembre-se, sempre te amei
Contigo ainda vou sonhar.
Muitas lágrimas vou derramar.
Porém,nem tudo está perdido
Sei que com ela estará
E jamais a abandonará
Mas tenho um pedido:
Que jamais me esqueça
Mesmo quando a velhice afloreça
Pois contigo eu sempre estarei
O amor que eu nunca abandonarei
Um amor simples,singelo,verdadeiro
É o amor que tenho por ti
Nada mais me faz sentido
Fico com o olhar perdido
Buscando seu rosto encontrar
Para meu coração se alegrar
E quando te vejo
Ainda bate aquele desejo
De um abraço te dar
E para sempre assim ficar
Sempre vou te amar
E para sempre vou sonhar
Contigo nos meus abraços
Felizes iguais crianças
Mas amando como adultos
e para sempre juntos!
Rubia Rossari
Sei que contigo jamais poderei ficar,
Seu coração é de outra eu sei.
Mas lembre-se, sempre te amei
Contigo ainda vou sonhar.
Muitas lágrimas vou derramar.
Porém,nem tudo está perdido
Sei que com ela estará
E jamais a abandonará
Mas tenho um pedido:
Que jamais me esqueça
Mesmo quando a velhice afloreça
Pois contigo eu sempre estarei
O amor que eu nunca abandonarei
Um amor simples,singelo,verdadeiro
É o amor que tenho por ti
Nada mais me faz sentido
Fico com o olhar perdido
Buscando seu rosto encontrar
Para meu coração se alegrar
E quando te vejo
Ainda bate aquele desejo
De um abraço te dar
E para sempre assim ficar
Sempre vou te amar
E para sempre vou sonhar
Contigo nos meus abraços
Felizes iguais crianças
Mas amando como adultos
e para sempre juntos!
Rubia Rossari
domingo, 30 de maio de 2010
Te esperando
Toda vez que você some sinto um desespero
É como se alguém roubasse minha calma
E quanto mais te espero
Meu coração acelera ao tentar te achar
Meu olhar fica tonto ao lhe procurar
E tudo que vejo é a solidão
E invade todo meu coração
É como se alguém roubasse minha calma
E quanto mais te espero
Meu coração acelera ao tentar te achar
Meu olhar fica tonto ao lhe procurar
E tudo que vejo é a solidão
E invade todo meu coração
É como se minha vida não tivesse sentido
Como se meu pensamento estivesse perdido
É algo inexplicável, sem motivação
Que rouba o meu chão
E vira meu inimigo
Mas assim que lhe vejo
Minha vontade é de correr até seus braços
Sentir seu calor, lhe beijar,
E dizer que não é só por te amar
Mas que você é minha vida
E que para sempre vou te amar.
Rubia Rossari
Rubia Rossari
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Crônica política, preconceituosa e machista
-Mamãe, preciso da sua ajuda!
-Fala Pedrinho, o que foi dessa vez?
-É que eu tenho que fazer um trablaho pra escola sobre eleições.
-O que você quer saber?
-Quem vai se candidatar esse ano?
-Bom, até onde eu sei, o Serra, a Dilma Roussef e deve ter mais alguns, só que não me lembro.
-Dilma Roussef, é uma mulher?
-Claro, Pedrinho!
-E mulheres podem governar o país?
-E por que não, filho?
-É que o papai sempre diz que lugar de mulher é na cozinha.Lá na presidência tem cozinha,mamãe?
-Você tem que parar de ouvir as besteira que o seu pai fala, menino!
-Mamãe, posso fazer mais uma pergunta?
-Pode.
-Essa tal Dilma, é loira?
-Não filho, porquê?
-Por nada, é que o papai sempre fala que as loiras são burras, então achoq ue não seria bom uma mulher loira governar o país, né mamãe?
-PEDRO RICARDO DE OLIVEIRA, por favor, pára de ficar repetindo as idiotices que seu pai inventa!
-Desculpa mãe - ele faz cara de pidão e continua - Aqui tem outra pergunta no trabalho, a última, eu prometo! Você me ajuda a responder?
-Sim, fala.
-" Dos candidatos que você pesquisou, quem você acha que vai gorvernar melhor o país?"
-Tem aí a opção NULO?
Alana Laysa
-Fala Pedrinho, o que foi dessa vez?
-É que eu tenho que fazer um trablaho pra escola sobre eleições.
-O que você quer saber?
-Quem vai se candidatar esse ano?
-Bom, até onde eu sei, o Serra, a Dilma Roussef e deve ter mais alguns, só que não me lembro.
-Dilma Roussef, é uma mulher?
-Claro, Pedrinho!
-E mulheres podem governar o país?
-E por que não, filho?
-É que o papai sempre diz que lugar de mulher é na cozinha.Lá na presidência tem cozinha,mamãe?
-Você tem que parar de ouvir as besteira que o seu pai fala, menino!
-Mamãe, posso fazer mais uma pergunta?
-Pode.
-Essa tal Dilma, é loira?
-Não filho, porquê?
-Por nada, é que o papai sempre fala que as loiras são burras, então achoq ue não seria bom uma mulher loira governar o país, né mamãe?
-PEDRO RICARDO DE OLIVEIRA, por favor, pára de ficar repetindo as idiotices que seu pai inventa!
-Desculpa mãe - ele faz cara de pidão e continua - Aqui tem outra pergunta no trabalho, a última, eu prometo! Você me ajuda a responder?
-Sim, fala.
-" Dos candidatos que você pesquisou, quem você acha que vai gorvernar melhor o país?"
-Tem aí a opção NULO?
Alana Laysa
Lo siento
Lo que te voy a decir hoy
No es nada bueno
Digo que me voy
Sé que para ti es un veneno.
Para mi el invierno empieza hoy
El frío me consume
Hasta no sé si me voy
pero hay algo que nos une.
Quedarme lejos de tí
sin verte y amarte
es lo peor que ya senti
pero necesito olvidarte.
Como ves estoy confundida
sin saber lo que hacer
hoy te pido una ayuda
sino me voy a perder.
Lo siento, cariño
algo mayor me llama
sé que ya no es un niño
y me vas a comprender porque me amas.
Alana Laysa
No es nada bueno
Digo que me voy
Sé que para ti es un veneno.
Para mi el invierno empieza hoy
El frío me consume
Hasta no sé si me voy
pero hay algo que nos une.
Quedarme lejos de tí
sin verte y amarte
es lo peor que ya senti
pero necesito olvidarte.
Como ves estoy confundida
sin saber lo que hacer
hoy te pido una ayuda
sino me voy a perder.
Lo siento, cariño
algo mayor me llama
sé que ya no es un niño
y me vas a comprender porque me amas.
Alana Laysa
Lembranças de amor
Olho em volta
Pareces ter sumido
mas,ainda te sinto dentro de mim
ma abraçando, me amando.
Lembro-me de cada gesto
cada palavra e cada flor que me deste
não consigo imaginar minha vida sem você
sem te ter.
Achoq ue te conhecer foi o melhor para mim
a coisa mais bonita que já aconteceu
mas, agora que me deixas-te
começo a pensar o contrário.
Sem mais delongas, vou te dizer
vivi para te amar
E hoje você se foi
deixando saudade e lembranças de amor.
Alana Laysa
Pareces ter sumido
mas,ainda te sinto dentro de mim
ma abraçando, me amando.
Lembro-me de cada gesto
cada palavra e cada flor que me deste
não consigo imaginar minha vida sem você
sem te ter.
Achoq ue te conhecer foi o melhor para mim
a coisa mais bonita que já aconteceu
mas, agora que me deixas-te
começo a pensar o contrário.
Sem mais delongas, vou te dizer
vivi para te amar
E hoje você se foi
deixando saudade e lembranças de amor.
Alana Laysa
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